Entre
as muitas passagens bíblicas que exortam a respeito do ensino e do estudo das
Escrituras, a segunda carta a Timóteo apresenta orientações especiais para se
exercer um ministério competente, coerente e eficaz na propagação da Palavra,
compatível com os objetivos que devem fazer parte da vida de um discípulo.
Nas
Cartas a Timóteo, o Apóstolo Paulo tem todo o cuidado de orientar esse
discípulo a manter um comportamento firme e constante em relação ao
conhecimento da Palavra. Suas orientações enfatizavam que o conhecimento de
Deus revelado nas Escrituras Sagradas é capaz de tornar sábio, apto e
plenamente preparado o seguidor de Jesus que é convocado para exercer boas
obras.
“Quanto
a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção,
pois você sabe de quem o aprendeu. Porque desde criança você conhece as
Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a
fé em Cristo Jesus.
Toda
a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para
a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto
e plenamente preparado para toda a boa obra.” 2Tm 3:14-17.
Paulo
foi um homem muito instruído no conhecimento das Sagradas Letras e, como
ninguém, sabia da importância do bom manejo da Palavra na grande obra de
evangelização que promoveu na história do cristianismo. Ele sabia que o
estudo da Palavra era indispensável à capacitação irrepreensível do discípulo
para o serviço de divulgação do Evangelho das Boas Novas. Não podemos
divulgar bem o que não conhecemos bem, pois estaremos expostos, no mínimo, a
dois riscos.
Primeiro,
de vendermos uma propaganda enganosa, ou seja, de ofertarmos o Evangelho deturpando
seus princípios fundamentais; é o que temos assistido muito por aí: o anúncio
de um evangelho da graça barata, de enriquecimento rápido, sem
arrependimento, sem sacrifício, sem transformação moral. Este não pode ser o
objetivo do verdadeiro discípulo, como nos fala Paulo: “Porque não
estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo
falamos diante de Deus com sinceridade, como homens enviados por Deus.” 2 Coríntios 2:17
Em
segundo lugar, corremos também o risco de, a qualquer momento, vivermos o
constrangimento de sermos questionados sobre o sentido daquilo no qual cremos
e não sabermos o que responder, por não estarmos suficientemente instruídos
no conhecimento da Palavra de Deus. A Carta de Pedro nos adverte muito bem
sobre este fato: “Antes, santifiquem Cristo como Senhor em seu coração.
Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a
razão da esperança que há em vocês. 1 Pedro 3:15
Um
discípulo de Jesus deve estar ciente que o mundo o questionará e, dependendo
da qualidade e do fundamento de nossas respostas o Evangelho significará
palavra de vida, desejoso de ser seguido e não um discurso fanático sem
consistência. Também sobre isto o Apóstolo Paulo tem todo o cuidado de
advertir o discípulo Timóteo: “Procura apresentar-te a Deus como obreiro
que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” 2 Timóteo 2:15
Um
discípulo de Jesus não tem idade certa para começar a estudar e aprender as
Sagradas Escrituras. Embora Timóteo fosse ainda um discípulo muito jovem
quando recebeu as orientações de Paulo, este o advertiu a permanecer “nas
coisas que aprendeu” desde criança: “Porque desde criança você conhece as
Sagradas Letras”. 2Tm 3:15 Timóteo foi ensinado nas Escrituras
desde a infância. Este fato serve de referência para ensinarmos às nossas
crianças o quanto antes a palavra da verdade, a fim de que sejam discípulos
também capacitados e aprovados como foi Timóteo. Certamente ele não teve essa
iniciativa quando criança por si só; mas contou com a presença de um adulto
responsável por discipliná-lo nessa direção, sua mãe e sua avó.
A
atitude de inserir a criança no contexto do ensino das Escrituras deve
partir, em primeiro lugar, dos pais e dos responsáveis diretos pela criança,
ou seja, pela família. Esta deve estar comprometida com a freqüência dos
pequeninos na Escola Bíblica Dominical, que é um espaço rico no ensino e na
aprendizagem da Bíblia. Crianças, adolescentes e jovens que têm a vida
direcionada para o estudo das Escrituras, freqüentando assiduamente às aulas
da Escola Bíblica Dominical, crescem com referenciais de segurança moral e
espiritual, de bençãos para o futuro, com possibilidades de alcançar uma vida
adulta e velhice sábias no serviço do Reino de Deus, como nos afirma o texto
em 2 Timóteo 3:16-17. Não devemos deixar de praticar com os
pequeninos o sábio conselho de Salomão: “Ensina a criança no caminho em que
se deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Provérbios 22:6
O
conhecimento das Escrituras, no entanto, não deve apenas engordar o nosso
intelecto, ao contrário, nossa razão deve abastecer-se das verdades sagradas
para alimentar o nosso espírito e fortalecer o crescimento de nossa fé em Deus.
O conhecimento bíblico eficaz e gerador de vida transforma nossas ações e nos
ajuda a combater o pecado; ele nos leva a um conhecimento mais íntimo de
Deus, a exemplo de Davi: “Guardei no coração a tua palavra para não pecar
contra ti.” Salmos 119:11. Portanto, um discípulo não deve ter um
conhecimento bíblico passivo, como se fosse um mero ouvinte, mas o
conhecimento adquirido da Palavra deve transformar sua conduta, como alerta
Tiago: “Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes(...)” Tiago 1:22
A
Bíblia deve ser então o referencial de vida e de fé de um verdadeiro
discípulo de Jesus; e toda a sua vida deve estar pautada pelo esclarecimento
da Palavra de Deus. A Escola Bíblica Dominical deve ser um espaço que promove
esse este crescimento através do ensino e estudo da Bíblia e nos ajuda a
encontrar na Palavra a mesma fonte de luz que o salmista Davi: “A tua palavra
é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho.” Salmos 119:105.
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sexta-feira, 13 de abril de 2012
A importância da Escola Bíblica Dominical
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