sexta-feira, 4 de maio de 2012

O poder do Perdão – O poder que desarma o Diabo



Uma grande arma está sendo desperdiçada no campo de batalha de nossas vidas.
Essa arma tem um grande poder e força ante o inimigo, porém poucos são a que a utiliza.
Ela também é um dos grandes problemas, causa de doenças psicossomáticas e até de morte (dentro e fora da igreja). Essa arma é o perdão.
E a falta dela, de liberação do perdão significa um passo a mais que pode levar a pessoa à morte espiritual.
Não é fácil “liberar o perdão, mas é necessário”.
Conter o ódio e a ira com uma pessoa ante uma situação que muitas vezes nos fez “supostamente” sofrer , segundo a nossa justiça , não é uma tarefa das mais simples. E sabendo também, que essa pessoa foi motivo de prejuízo em sua vida e passar com isso “engasgado” na garganta não é uma coisa que se consegue da noite para o dia. Mas o perdão mostra o caráter do amor de Deus. A palavra diz em salmos 130.4 que: Ao Senhor está o perdão e que ao Senhor pertence a misericórdia e o perdão (Dn 9.9).
O que seria desta Terra se não fosse o perdão e a misericórdia do Senhor. Quanta vez foi Ele rejeitado, bem como as suas palavras e ignorado o poder pelo Seu povo? Quantas vezes o Senhor “deu tempo” para que o povo se arrependesse (II Cr 7.14).
Também o Senhor evitou que mal maior fizesse a Terra devido a sua misericórdia.
Foi assim com Noé, no dilúvio (Gn 6.7-9) e Abraão em Sodoma e Gomorra (Gn 18.21-33). Pelo perdão de Deus a terra inteira não foi destruída por inteiro.
Em muitos desses casos a iniqüidade era tanta que só restava mesmo era o juízo. Mas de uma certa forma, nós fomos perdoados. São tantos os exemplos de perdão de Deus, que não caberia neste artigo. Mas sabemos que uma característica de Deus é o perdão. E nós também devemos perdoar. Devemos perdoar a todos, mesmo quando é alguém próximo (ex: irmãos), cujo parentesco e confiança nos foi traído. Parece que aí fica mais difícil perdoar. A traição moral dói mais que a traição de caráter físico. Um exemplo de perdão entre familiar, entre irmãos, foi de Esaú e Jacó.
Sabemos que Esaú e Jacó eram gêmeos (Gn 25.14-27).
Mas somente um poderia ficar com a primogenitura (uma honra especial dada ao primogênito que incluía herança e posição de líder). Um errou por mentir para obter a primogenitura e o outro não deu a importância de ser primogênito e o vendeu por um prato de comida. Após muito tempo de separação o poder do perdão se manifestou entre esses dois irmãos e houve perdão de ambos. Mas para que isso acontecesse um dentre eles deveria tomar a ação de humilhação (dar o braço a torcer). Nesse caso foi Jacó que tomou a iniciativa. Quando alguém toma atitude de perdoar já é meio caminho andado.
Jacó se portou como servo ao seu irmão, se inclinando 7 x (esse sinal era feito somente ao reis) e reconhecendo que errou também.
Essas sete x também seria o número de vezes que deveríamos perdoar (Lc 17.3-4 ), mas Jesus nos disse que não somente, mas 70 x 7 (Mt 18.21-22).
O perdão tem efeito de cancelar a dívida e desarmar o Diabo. Aliás, Paulo escrevendo a seu irmão Filemon sobre Onésimo (ex-empregado de Filemon) que agora seria irmão na fé disse: “se algum dano te fez ou se deve alguma coisa, lança tudo em minha conta”.
O que Paulo queria é que o poder do perdão fosse consumado na vida daquelas duas pessoas, ante separadas por condições sociais e atitudes erradas no passado, mas que agora, sendo “irmãos em Cristo” e vivendo em novidade,pelo perdão, se vinculassem mutuamente pelo amor, se suportando e se perdoando (Cl 3.13-14), assim como Deus em Cristo nos perdoou (Ef 4.32).
Aquele que não perdoa vive com amargura, vive uma vida amarga. O Escritor de Hebreus fala que onde tiver alguma “raiz” de amargura e crescendo, causa perturbação. Diz mais, diz que isso “contamina” o corpo(Hb 12.14-15). E isso se refere a você e também ao corpo de Cristo. Devemos sempre nos arrepender e perdoar.
Muitas vezes somos como o irmão mais velho do Filho pródigo (Lc 15.11-32) que não se alegrou na volta do irmão mais velho e na alegria do Pai. (Lc 6.36; Mt 21.28; Mt 18.21). Esquecemos que Ele nos perdoou e que cancelou a dívida (Mt 18.32; Cl 2.13-14). Parecemos que somos filhos únicos.
Esquecemos que somos filhos do mesmo Pai e que Ele também é juiz e sabe qual a intenção dos nossos corações. O grande inimigo do perdão se chama “julgamento”. Quando julgamos e ainda existe ódio e ira em nossos corações, nós literalmente somos como homicidas espirituais contra nossos irmãos e estaremos sujeitos a julgamento (Rm 14.13; I Jo 3.15).
A palavra diz que: “Ouvistes o que foi dito: Não matarás e quem matar estará sujeito a julgamento, porém vos digo, diz o Senhor”.
“Todo aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento” e quem proferir um insulto a seu irmão estará a julgamento do tribunal e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo (MT 5.22). Que palavra tremenda essa, pois faz nos refletir sobre nossas atitudes. O Senhor nos mostra que devemos perdoar e reconciliar-se com aqueles que magoamos e por eles fomos magoados no caminho (Mt 5.23-25), para que o adversário não entregue ao Juiz , oficial de justiça e sejas recolhido á prisão. Quantos são os que estão presos espiritualmente porque não perdoaram os seus “inimigos”, segundo as suas próprias justiças.
A pior prisão que um cristão pode ter é estar sujeito ao inferno de fogo e achar que estará sujeito ao paraíso e tudo isso pela falta de perdão e justiça própria.
Não se iluda, pois até sua oferta o Senhor desprezará se não perdoares, lembrando que o maior prejudicado será você(Mt 6.15).
Então querido, perdoe, para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, mesmo que ainda você esteja certo, pois o Senhor há de tocar o coração do penitente.(II Cor 2.5-11).
Amados, se você tem algo contra teu irmão, parente ou mesmo alguém que foi próximo a você, este é o tempo de perdão e de reconciliação. Não espere o tempo passar e esta ferida da alma aumentar, pois pode ser tarde demais. Tome você a iniciativa, não procure no outro aquilo que Deus pediu para você fazer. Se essa pessoa não tomar atitude, você saberá que cumpriu com certeza o que o Senhor determinou que fizesse.
Desarme o inimigo hoje mesmo, querido, libere o perdão e siga o exemplo de nosso Jesus quando estava na cruz que disse:
Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem (Lc 23.34).
E é esse mesmo Jesus que pede para você hoje perdoar.
Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia.
A misericórdia triunfa sobre o juízo (Tg 2.13).

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