quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mensagem da jornalista Virginia Martin Rodrigues: Fanini

Conheci um homem que mudou minha vida.

Não era Jesus, nesse caso.

Nem era alguém para casar.

Lá estava ele: único, especial, separado, preparado, provado...

Não fui a única afetada. Todos foram. O mundo foi.

Meu caráter foi singularmente formado com a contribuição dele.

Nas manhãs de domingo de minha adolescência, eu nem percebia que fazia um MBA.

De conhecimento histórico, bíblico, geral...

De moral, de personalidade, de ombridade, de valores inegociáveis...

Minha mãe me conta que aos seis anos, eu mesma pedi para estar na igreja dele.

Lá cresci e tornei-me uma mulher bem moldada.

Era uma ovelha bem nutrida (rs).

Esse homem me batizou, me casou, abençoou meus filhos diante da igreja.

Meu pai, que nem cristão era, converteu-se a Jesus com ele, que fez seu sepultamento.

Minhas dúvidas, julgamentos, insatisfações passaram por ele.

Tornou-se importante, conhecido pelo planeta.

Grande evangelista mundial, pregador de cruzadas, orador para multidões.

Galgou os maiores cargos da denominação batista.

Pioneiro no evangelismo em TV no Brasil.

Desbravador na área de obra social e educação teológica.

Presidente da Aliança Batista Mundial.

Respeitado por todos os evangélicos.



O que mais valeu, porém, foram suas palavras, benditas e bem ditas.

Seu sermão, inconfundível e restaurador, fincava no peito.

Era firme e carinhoso, austero e empreendedor, bonito e agradável.

Era simples e elegante, inteligente e inigualável em memória.

Era pastor e educador, líder e apaziguador, visionário, forte, servo.

Era totalmente o Pastor Fanini!

Deixei sua igreja quando me mudei para outro estado.

Certa vez, ele era o "bam bam bam", líder máximo.

Visitava a cidade em que eu morava e estava cercado de paparicações.

Convidei-o para me visitar. Ninguém levou fé.

"Como o presidente da ABM vai na sua casa, Virgínia? O homem é ocupado e importante."

Mas ele foi!

"Vim visitar minha ovelha."

E lanchou com minha família (rs).

Foi também blasfemado, traído, maltratado.

Resistiu!

Deu a volta por cima, superou!

As hienas que tentaram derrubá-lo continuam vivas e "risonhas".

Com necroses múltiplas dentro da alma.

Mas ele ficou desgastado, sofrido.

E deu a lição final de sua vida.

Começou tudo de novo.

Não desistiu nem parou de influenciar.

Porque simplesmente estava ali, pregando, trabalhando, evangelizando.

E assim morreu.

Do jeito que queria: ativo.

Totalmente Fanini!

Há dois meses, uma amiga me disse que ele estava muito fraco.

Poderia deixar a vida em breve.

Não perdi tempo. Fui até sua igreja.

Queria vê-lo pregar e dei-lhe um abraço apertado ao lado de Sara e Davi.

Foi a última vez em que o vi.

Hoje sei que tem uma grande comemoração no céu.

Um filho amado está chegando por lá.

Imagine a celebração, o coral, a euforia!!!

Enterro de crente é sempre diferente. Há certezas, alegria, consolo, perspectivas...

Como ele mesmo dizia: há uma festa no céu quando um crente morre!

Esse homem se foi.

Morreu seu corpo.

Choro junto a milhares de outras pessoas.

Mas sabemos que a alma dele comprova agora tudo o que pregou.

Nilson do Amaral Fanini continuará por aqui para sempre.

Homens assim não se vão jamais!

Ficam na gente.

Continuam cumprindo sua missão.

Agradeço a Deus pelo privilégio dessa influência.

E que eu saiba fazer bom uso de tudo o que aprendi com esse homem de Deus.

Total e eternamente Fanini!

Postado por Thereza Christina às Sábado, Setembro 19, 2009

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